TESTE DO NÍVEL DE OPACIDADE
PMMVD desenvolvido em parceria com o Sindirepa-S P, Cetesb, IQA, desde janeiro/1999 para atender as exigências sobre a emissão de poluentes no meio ambiente.
Os motores diesel, para atender as especificações cada vez mais rigorosas precisam estar devidamente regulados de forma que os sistemas de injeção gerem altas pressões, regulando com precisão o inicio, o tempo, bem como o volume de combustível injetado, reduzindo o consumo e a emissão de poluentes causando menor impacto no meio ambiente.
Esta matéria está regulamentada por diversos órgãos tais como:
Resolução Nos. 7 de 31/08/1993, No 8 de 31/08/1993, No 16 de 13/12/1995, No. 251 de 07/01/1999 do CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
Lei No. 6.938 de 31/08/1981 CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
Decreto Lei No. 54.487 de 26/06/2009 Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – Secretaria Geral Parlamentar
Portaria nº 85/Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA/MMAL, de 17/10/96 Dispõe sobre as diretrizes para criação de Programa Interno de Autofiscalização da Correta Manutenção de Frotas e Veículos movidos a Diesel quanto a emissão de Fumaça Preta. Publicada no DOU de 21/10/96, p. 21.434
NBR_13037 de Março/2001 – Veículos rodoviários automotres – Gás de escapamento emitido por motor diesel em aceleração livre – Determinação da opacidade - Norma Brasileira – ABNT/CB05 Comite Brasileiro Automotivo – CE-05:102.03 Comissão de Estudos de Emissões em Veículos Pesados
FUMACA EM MOTORES DIESEL É ALVO DE FISCALIZAÇÃO EVITE MULTAS E APREENSÕES DE SEUS VEICULOS EFETUANDO A MANUTENÇÃO ADEQUADA MANTENDO-OS REGULADOS.
A emissão de fumaça preta pode ter várias origens:
- projeto do veículo
- sobrecarga do motor
- altitudes elevadas
- funcionamento dos sistemas do motor.
O responsável pela manutenção precisa ser capaz de avaliar a emissão de gases conforme padrões estabelecidos, analisar as prováveis causas – fatores internos e externos – e tomar as ações objetivando solucionar o problema.
Fatores externos que influenciam negativamente na emissão de poluentes:
1- Projeto do Motor – o controle de emissões de fumaça para veiculos pesados foi um programa criado em Outubro/1987. Alguns veiculos produzidos até 1987 podem não atender as exigências da lei atual. È importante estar atendo às possíveis alterações que os fabricantes adotaram para reduzir essa emissão [ alteração do inicio de injeção, regulagens do sistema de combustível e outros]. A legislação brasileira dota padrões similares aos vigentes nos paises europeus.
2- Sobrecarga do motor – é identificada no momento que acionamos o acelerador e o motor não obedece a esse comando. A sobrecarga pode ocorrer pelos fatores:
2.1 – Excesso de carga sobre o veículo – excedendo e desrespeitando o projeto do fabricante, além de afetar o motor, haverá tambéms desgastes prematuros em componentes de transmissão como embreagem, caixa de mudanças, árvore de transmissão, conjunto diferencial, suspensão, como rolamentos, rodas, molas e pneus.
2.2- Operação inadequada – num veículo que está em perfeitas condições de operação e apresentar excesso de fumaça no escapamento, é recomendado a leitura e observações das instruções do manual do fabricante no que se refere à correta utilização da caixa de mudança, em conjunto com o velocímetro e tacômetro, obtendo assim melhor endimento do motor. O operador deve ser treinado em condução econômica e deve fazer as verificações diárias no veículo, prevenindo a ocorrencia de defeitos.
2.3- Falta de informação – por falta de informação na substituição de algum agregado como caixa de mudança ou conjunto diferencial daquele originalmente aplicado, podendo ocorrer a sobrecarga do motor com aumento de fumaça.
2.4- Sistema de freio – ficar atendo ao sistema de freios, pois uma falha no sistema que impeça o giro livre das rodas, impõem-se também a sobrecarga no motor.
3- Altitudes elevadas – motores de aspiração natural dependem da pressão atmosférica para o enchimento dos cilindros com ar, nas operações em altitudes elevadas há uma redução na pressão atmostérica consequentemente falta de alimentação de ar para o motor. Alguns motores possuem dispositivo de adequação da dosagem de combustível, proporcionalmente à variação da pressão atmosférica, quando não há uma recomendação do fabricante para que se faça uma nova regulagem da bomba injetora, reduzindo a dosagem de combustível, evitando-se a emissão de fumaça preta.
FATORES INTERNOS INTERFEREM NO FUNCIONAMENTO INADEQUADO DOS SITEMAS DO MOTOR
1- Sistema de alimentação de Ar - para ocorrer a queima adequada do combustível injetado, é necessário que haja uma massa de ar correspondente à quantidade de combustível. Para ocorrer a combustão são necessários três elementos: o combustível, o calor e o comburente (ar), na devida proporção, pois do contrario parte do combustível não queimará. As causas prováveis do mau funcionamento são: - obstrução na admissão de ar – turbo compressor defeituoso – vazamento de ar nas tubulações – vazamento de ar pelo pós resfriador – aplicação inadequada do turbocompressor.
2- Sistema de combustível – é o responsável por levar o combustível de maneira adequada para dentro do cilindro, onde encontrará oxigênio e calor para ocorrer a queima. Caso o combustível seja injetado dentro da câmara de combustão de forma inadequada, tais como: inicio de injeção, adiantado ou atrasado, combustível não pulverizado em quantidade elevada, ocorrerá que as partículas de combustível entrarão em contato com o oxigênio causando um aumento considerável de formação de material particulado. As causa prováveis do mau funcionamento são: - incio de injeção fora do ponto – bicos injetores defeituosos – bombas injetora desregulada – aplicação incorreta de componentes (verificar no. de identificação e manual do motor).
3- Sistema de distribuição - responsável pela entrada de ar e saída dos gases de dentro do cilindro. O bom funcionamento do sistema de acionamento das válvulas é de extrema importância para a queima adequada do combustível, portanto a abertura e fechamento das válvulas no momento certo propiciarão um melhor rendimento volumétrico. As causas do mau funcionamento são:
- Sincronização do comando de válvulas;
- Regulagem da folga das válvulas;
-Funcionamento das válvulas.
4 - Sistema de exaustão – tem a função de conduzir os gases originados da combustão no cilindro do motor para a atmosfera e, em motores turbo-alimentados, estes gases acionam o rotor-turbina do turbocompressor. Se ocorrer alguma obstrução, haverá uma contra pressão, impedindo a exaustão completa dos gases, tornando também uma carga a mais sobre o motor. Se houver vazamento de gases no coletor de escapamento, nos motores turbo-alimentados, o rotor turbina não será acionado adequadamente,
comprometendo o rendimento do turbocompressor.
5 - Conjunto móvel - é o mecanismo que converto o movimento retilíneo alternativo do êmbolo em movimento rotativo da árvore de manivelas. Este sistema é composto por: êmbolo, biela e árvore de manivelas. Se houver alterações dimensionais que impeçam o êmbolo de atingir a altura prevista, ou perda de pressão por desgaste no cilindro, êmbolos, anéis, válvula ou junta do cabeçote, não se obterá o calor necessário para a combustão. Os fabricantes dimensionam os componentes do motor dentro de tolerâncias reduzidas, os componentes do conjunto móvel são expostos às elevadas temperaturas e cargas mecânicas, portanto, fatores como
usinagem incorreta e/ou uso de óleo lubrificante inadequado, podem aumentar o atrito que representa desgaste excessivo e carga extra para o motor. As causas prováveis do mau funcionamento são:
- Alteração na relação de compressão (usinagem fora dos padrões
especificados)
- pressão de compressão baixa,
- livre giro do motor.
6 – Sistema de arrefecimento - tem a função de controlar a temperatura do motor dentro de determinados
limites, para garantir o seu melhor rendimento. A existência de folga entre os componentes é evitar que os matérias ultrapassem
seus limites de resistências ao calor. Encontramos motores com sistema de arrefecimento à ar ou água, sendo o segundo o
mais aplicado devido a sua maior eficiência. Um motor polui mais quando está operando em temperatura abaixo do especifi-
cado, portanto jamais de deve eliminar a válvula termostática. Operando acima dos limites estabelecidos, poderá ocorrer
sérios danos aos componentes do motor como pistão, anéis e cilindro.
7- Sistema de lubrificação - tem a função de manter uma película de óleo lubrificante entre as partes móveis do motor, para reduzir o atrito entre elas, reduzindo o desgaste, o calor e evitar a perda de potência gerados pelo atrito. Os componentes móveis do motor devem ser bem conservados, pois eles dependem do bom funcionamento do sistema de lubrificação, pois uma falha neste sistema
poderia ocasionar outros problemas gerados pelo desgaste. Problemas com o sistema de combustível que ocasionam aumento da produção de material particulado e formação de ácidos, podem se a causa para a deterioração do óleo lubrificante. É possível, através de análise preditiva do óleo lubrificante, diagnosticar problemas de desgastes internos do motor e em outros sistemas, como o de combustível por exemplo. O CENATEC- Ayrton Senna da Silva já conta com um laboratório de análise do óleo lubrificante.
IMPORTANTE:
OS itens: Sistemas de arrefecimento – Sistema de lubrificação – não têm influência direta na emissão de fumaça preta, mas influem diretamente na emissão de fumaça branca e fumaça azulada, as quais também serão alvo de fiscalização. Os cuidados aqui relacionados de nada adiantarão se não ficarmos atentos quanto a qualidade do combustível, armazenamento e quanto ao
abastecimento.
Qualidade do combustível
O abastecimento do veículo com diesel adulterado poderá acarretar problemas tais como:
- deterioração prematura do lubrificante;
- durabilidade do motor e do sistema de combustível;
- aumento sensível na emissão de fuligem;
-variação no consumo de combustível;
- desempenho do motor.
Armazenagem
O tanque deve ser provido de dreno para eliminação de água e borra formada no fundo, deve ser instalado em lugar fresco e coberto, para que o óleo diesel seja armazenado de modo a evitar sua contaminação (infiltração de água).
Abastecimento
O veículo deve ser abastecido com combustível filtrado, de modo a garantir que as impurezas sejam eliminadas. Constatar se o posto possui filtro em sua bomba de abastecimento. No caso de abastecimento próprio, efetuar vistorias diária, pois é necessário que o sistema de filtragem esteja em condições adequadas
Fonte de consulta: Jornal Motor 100% - Agosto/1997 – No. 79.
