A injeção eletrônica dos veículos diesel, assim pode ser definido o sistema Commom Rail, uma tecnologia que já está no mercado há alguns anos como equipamento integrado dos motores eletrônicos. O Common Rail (tubo comum, em inglês), de acordo com os fabricantes de motores, aumenta a potência e proporciona maior torque em baixas rotações, além do reduzir o consumo de combustíveis e os níveis de ruídos e de emissões de poluentes.
De acordo com Valdemar Lima de Jesus Filho, instrutor técnico do Senai-Ipiranga, o Common Rail é um sistema de gerenciamento eletrônico (CR) que permite a injeção direta de combustível na quantidade e no tempo exato, eliminando o uso da bomba injetora convencional. "Conta com uma Unidade de Controle Eletrônico (ECU) que administra as informações captadas pelos sensores do motor, gerencia os sinais dos atuadores e monitora o funcionamento de todo o conjunto. A partir desses dados, a unidade determina a quantidade e momento da injeção, sendo que cada unidade injetora alimenta um cilindro".
Os motores OM 611 LA e OM 612 LA da Mercedes-Benz, que impulsionam os modelos Sprinter e o caminhão leve 715 C, utilizam o Common Rail Direct Injection (CDI), na qual uma bomba de combustível alimenta o tubo comum com combustível e alta pressão para que chegue aos bicos injetores, daí, a injeção é feira por meio de um sinal elétrico vindo do módulo eletrônico.
A injeção é feita em duas etapas, a pré-injeção e a injeção principal. O início da pré-injeção é variável em função da rotação e solicitação do motor. A quantidade de diesel injetado varia entre 1,5 mm3 a 2,5mm3 por curso do pistão. Acontece uma chama na câmara de combustão e, em seguida, a injeção principal ocorre diretamente sobre o êmbolo - seu início e volume também variam em função da rotação e carga.
Bomba de alimentação de baixa pressão | Bomba de alta pressão |
Algumas características do sistema: o combustível é injetado na câmara de combustão um pouco antes do pistão atingir o PMS (Ponto Morto superior), aí em contato com o ar quente, pela movimentação do êmbolo e o combustível é queimado; a combustão é feita em toda mistura ao mesmo tempo, produzindo um golpe sobre o êmbolo. Os resultados são rendimento alto, chegando a 45% de energia que se transforma em movimento na árvore de manivela; forte pressão da combustão durante a queima do combustível.
"O filtro de combustível com separador de água conta com um dispositivo bimetal, uma válvula recirculadora, que faz com que o diesel seja enviado para o filtro para ser utilizado ou para o circuito de retorno do reservatório, dependendo de sua temperatura", diz o instrutor. Quando o combustível está abaixo de 30 graus C, a válvula permite que circule mais próximo do motor para aquecê-lo. Caso contrário, o diesel retorna para o tanque, passando por uma serpentina para resfriá-lo.
Os componentes do sistema são: |
1 - Reservatório de combustível |
Dentro do sistema Os sintomas que indicam avarias no sistema são falta de potência e torque, consumo elevado de combustível, falha de funcionamento do motor, excesso de fumaça, cilindro com mal funcionamento devido a um injetor danificado, entre outros. O diagnóstico de falhas é realizado por meio de ferramentas eletrônicas, que analisam todo o sistema eletroeletrônico do veículo, e o motorista deve ficar atento à luz indicadora de anomalia no painel de instrumentos. Um dispositivo de proteção permite que o carro chegue a uma oficina sem comprometer seriamente o conjunto. |
Sensores: |
1) Sensor de rotação. |
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